A nova Classe C no Brasil
A nova classe média é a camada social com maior índice de ascensão, composta por 94,9 milhões de pessoas e representando 52% da população brasileira, um segmento que cresceu 14% em 10 anos. Na última década, 35 milhões de pessoas ingressaram na classe C. O crescimento desse segmento, com renda familiar mensal entre R$ 1.000,00 e R$ 4.000,00 mil reais, deve-se principalmente ao aumento na renda dos mais pobres. A elite econômica (classes A e B) tem renda superior a R$ 4.591,00 reais, enquanto a classe D ganha entre R$ 768,00 e R$ 1.064,00 reais mensais. Os considerados pobres (classe E), por sua vez, reúne famílias com rendimentos abaixo de R$ 768,00 reais. O mercado de trabalho aquecido ampliou a renda do trabalhador e fez surgir uma sociedade de consumo de massa, com uma nova classe média que consome R$ 881,2 bilhões anuais. A classe C é mais rica que 52% da população mundial e apenas 18% dos países têm renda per capita superior a deste grupo. É formada por pessoas mais jovens, com um nível de escolaridade maior, mais exigente na hora de consumir e decidir onde investir o seu dinheiro e é mais inserida no mercado de trabalho formal. A principal preocupação desta parcela da sociedade continua sendo saúde e a educação, pensamento que se reflete na busca por planos de saúde, creche para os filhos, cursos profissionalizantes e faculdades particulares. A classe C movimenta R$ 1,03 trilhão por ano e será responsável por 40% do PIB até 2020. Na lista dos bens de consumo mais desejados estão os smartphones, eletroeletrônicos, bebidas, perfumes importados e viagens ao exterior. Gastam mais com alimentação, habitação, vestuário, higiene e cuidados especiais, assistência à saúde e serviços pessoais do que as famílias da classe alta, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na hora das compras, a diferença entre classes diminuiu em termos de qualidade. Na comparação de um carrinho de compras da classe