A NOVA ANTROPOLOGIA DE FRANS BOAS
Naítalo do Carmo Lima1
Resumo
A linha de desenvolvimento da humanidade e o racialismo, teoria que diferencia os indivíduos a partir de características externas, eram dominantes até a primeira metade do século XX, no entanto, Franz Boas, por meio de artigos e conferências, expôs críticas a essas teorias, defendendo uma nova antropologia baseada no conceito de cultura como o mais importante para a diversidade humana, o relativismo metodológico, o método histórico e a necessidade de estudar cada cultura isoladamente. A antropologia evolucionista _Uma das correntes da antropologia dominante até o início do século XX foi exposta e evidenciada por Lewis Henry Morgan, James George Frazer entre outros. A partir da observação de aspectos fundamentais em comum, essa linha supunha uma história comum para toda a humanidade.
Palavras-chave: Franz Boas. Antropologia. Cultura. Humanidade
1 INTRODUÇÃO
A primeira crítica de Boas está relacionada aos pressupostos dos antropólogos anteriores e no fato de que a mente humana não é algo estanque e obedece a um grupo determinado de leis.
Os conceitos não estão presentes de forma idêntica por toda parte: eles mudam. Há um acúmulo natural de material o bastante para mostrar que as causas dessas mudanças são tanto externas (baseadas no ambiente), quanto internas (baseadas no psicológico). O que os fatores externos e internos influenciam, torna-se um grupo de leis que governa o desenvolvimento da cultura. (BOAS, 2009, p. 27) Como a mentalidade humana é complexa e diferenciada, assim são as invenções, instituições e descobertas criadas a partir dela. Franz não aceitava a teoria de que os mesmos fenômenos se desenvolvessem da mesma forma e da mesma causa em todos os lugares. Ele sustentava que há múltiplos meios para que esses fenômenos pudessem aperfeiçoar-se e desenvolver-se. Para Boas, antes de conceber a ideia de que os fenômenos humanos são únicos, é preciso