A NATUREZA DO SECULO 21
Unindo tecnologias construtivas com soluções sustentáveis, o arquiteto Renzo Piano projetou o museu da Academia de Ciências da Califórnia com o intuito de mesclar a construção e o mundo natural.
Construído no mesmo local em que abrigava o antigo museu da academia, a nova construção reutilizou 90% dos escombros da anterior, 9 mil toneladas de entulho na construção de uma estrada e 12 mil toneladas de aço na estrutura do novo prédio. Além disso os painéis de isolamento termo acústico foram feitos com algodão de jeans reciclados. A construção abriga em um único prédio o Aquário Steinhart, o Planetário Morrison, o
Museu de História Natural de Kimball e as quatro amostras de florestas equatoriais e tropicais da instituição (Borneo, Madagascar, Costa Rica e Amazônia).
O consumo de energia de 30% a 35% menor do que em projetos convencionais provém das soluções referentes a calor e humidade, luz natural e ventilação, energias renováveis, eficiência com o uso de agua, materiais de construção reciclados, cobertura verde e sistema de transporte.
Deixando expostas as estratégias utilizadas como parte da expografia, podemos perceber com grande ênfase a cobertura viva, que além de servir de isolamento térmico, absorve anualmente 14 milhões de litros de agua pluvial – aproximadamente 98% da chuva que cai sobre ela. A cobertura verme matem a temperatura dos ambientes internos cerca de
10 graus abaixo do exterior, reduz o ruído externo em 40 decibéis e diminui o efeito de ilhas de calor. Para a estufa em que cresceram as plantas usou-se fibra de coco e casca de arvores, criando suportes porosos e biodegradáveis para impedir que o solo deslizasse nos degraus inclinados. Após algumas semanas as raízes cresceram de uma bandeja para a outra, unindo as bases. Com o tempo as bandejas se degradarão, deixando um carpete bem assentado de plantas e flores coloridas.
Na questão da eficiência energética, o museu conta com claraboias que incitam a iluminação natural em