A mídia e seu lugar na história
Lugar Comum. Estudos de Mídia, Cultura e Democracia (Rio de Janeiro: CNPq/NEPCOM-ECO/UFRJ, n°11, maio-agosto de 2000, p. 25-44).
Nas primeiras partes do texto, tomamos conhecimento dos fatores que determinam um fato histórico. Temos que um fato é dado como histórico ao gerar mudanças em acontecimentos antecessores, presentes e futuros, e ao ser atribuído um investimento de sentido. Esse investimento de sentido depende do historiador, e este depende de diversos fatores como temporais, sociais e qualquer outra questão de estereótipo para gerar um ponto de vista sobre o sentido investido, já que o homem não é capaz de separar completamente a realidade do fato com o sentido desta nos discursos sociais. Por esse motivo, os fatos são cuidadosamente analisados por pessoas capacitadas em diferentes aspectos. A história era tida como a verdade do tempo, como formador de memória e atuava um discurso de poder por sempre ter sido discurso principal das ações e mudanças sociais, porém perdeu seu espaço para a mídia, que devido ao cuidadoso processo na seleção dos fatos dados com caráter informativo e com impessoalidade do discursor, foi aceito pela sociedade como verdade absoluta, tornando-se assim a testemunha ocular da história da sociedade contemporânea. Logo se surge um período onde a mídia é usada como via histórica, já que é tido como a verdade do tempo. Houve uma aceitação e emprego dos meios de comunicação como instrumento de estudo da história pelos historiadores. Porém assim como os discursos históricos, os documentos de comunicação sofrem uma avaliação rigorosa, sendo analisado de acordo com as diversas formas de entendimento possíveis, a fim de conseguir a verdade absoluta, sem que qualquer fator externo tenha tido algum tipo de influencia sobre o sentido do discurso jornalístico. A verdade absoluta dos discursos jornalísticos entre a grande imprensa e a imprensa alternativa tem sido