Fichamento RIBEIRO, Ana Paula G. “Mídia e lugar da história”,
Escola de Comunicação
História da Comunicação
Fichamento 1
RIBEIRO, Ana Paula G. “Mídia e lugar da história”, in: HERSCHMANN, Micael e PEREIRA, Carlos Alberto M. (orgs.). Mídia, Memória & Celebridades. Rio de Janeiro, Ed. E-Papers, 2003.
A história não estuda todos os fatos ocorridos em um tempo passado, apenas os fatos históricos. - Qualquer manifestação da vida em sociedade pode ser um fato histórico, porém, para ser considerado como tal, o fato deve constituir diversas relações com outros eventos, analisados num encadeamento causal. Ou seja, não existe fato histórico ‘puro’, ele é sempre produto de alguma elaboração teórica, que o promove a tal categoria.
Os historiadores selecionam, relacionam e valorizam os fatos para construir, assim, um sentido, o que não é possível sem a intervenção destes. - o conhecimento histórico não pode superar a dimensão subjetiva e por isso possui conclusões, sempre, provisórias. - o próprio historiador, o homem, é um ser histórico e, por isso, não consegue se livrar de subordinações socioculturais. - superar essa dimensão subjetiva, portanto, não remove as mediações entre os fatos reais e como estes são repassados pelos discursos dos agentes sociais.
O historiador, sendo um enunciador, é um homem de seu tempo, o que faz com que dialogue com alguns textos específicos e não com outros. Seu discurso é permeado por diversas vozes e produz certos efeitos de sentido para quem o recebe.
Para Michel Certeau, o estudo histórico é o produto de um lugar, uma vez que a pesquisa historiográfica é sempre articulada a partir de um lugar de produção socioeconômico, politico e cultural, a partir do qual se fazem consultas a documentos para definir, enfim, o que é ou não histórico.
Cabe aos historiadores manipular as matérias significantes e, consequentemente, transformá-las em fontes que depois se tornarão fatos históricos.
História: ciência que