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“A transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Brasil é um tema amplamente discutido pela historiografia. Diversos estudos já trataram de listar marcos teóricos, levantar pontos de rupturas e continuidades, além de apontar processos, debater leis e medidas governamentais”.(pg1)
“A escravidão configura-se como um sistema no qual os escravos apresentam-se como mercadorias. O trabalhador livre, desprovido dos meios de produção, ao vender a sua força de trabalho transforma-a, também, em mercadoria. Há nos dois casos coerção e dominação. No primeiro, a dominação se dá no ato da escravização. No caso do trabalho livre, o trabalhador é privado do acesso aos meios de produção, e assim é obrigado a vender a sua capacidade de trabalho.”(pg1)
“Na escravidão não há a separação do que Marx chamou de ―condições inorgânicas da existência humana e a existência ativa‖, separação somente possível com a relação entre trabalho assalariado e o capital.” (pg2) “No relacionamento de escravidão e de servidão não há tal separação; o que acontece é que uma parte da sociedade é tratada pela outra como simples condição inorgânica e natural de sua própria reprodução. O escravo carece de qualquer espécie de relação com as condições objetivas de seu trabalho. Antes, é trabalho em si, tanto na forma de escravo como na de servo, situado entre outros seres vivos (Naturwesen) como condição inorgânica de produção, juntamente com o gado ou como um apêndice do solo”.‖ (Karl Marx, 1977:82-83)”(pg2)
“As condições históricas apresentadas por Marx5 para o desenvolvimento capitalista, ou a acumulação primitiva de capital, são o trabalho livre6, a venda da força de trabalho em troca de dinheiro com o objetivo de gerar valor e mais valia, o que pressupõe a separação do trabalhador dos