A morte vem
O resto estava com cara de espanto, mas ao mesmo tempo, era como se já sabiam. Parecia que nunca duvidaram. Eu não continha meu sorriso, que se estendia a cada gota que pingava daquela cabeça sem corpo que estava em minhas mãos. Minhas mãos tinham sede, e meu corpo suplicava o massacre.
Nessa hora, seus rostos se mostravam embaçados à minha visão. O ceifador não deve ter sentimento algum para com suas vítimas. O único desejo dele em relação à vítima, é de profunda morte. Meu corpo estava vazio, clamando, querendo se saciar. Ecoava em minha mente a questão de onde viera isso.
O maior deles não se segurou. Tentou correr. Busquei-o com meus olhos, e ao fitar-lhe, seu corpo acabou-se em litros de sangue e quilos de ossos, que voavam para todos os lados.
Os outros quatro permaneciam sentados, mesmo após o banho de carne humana. Permaneciam imóveis. Parecia uma relação de adoração, banhada por profundo medo da morte súbita. Da minha boca, um suspiro. Não era claro tais palavras. A cabeça em minhas mãos derretia como manteiga, e se desintegrava em meio à cortinas de fumaça.
Na mente deles, uma única pergunta. Eu podia adivinhar o que buscavam. "O que está acontecendo? Porque?". Na morte, ninguém é sábio. Na morte, somos apenas, pedaços de carne, e minhas mãos, meu corpo, minha boca, suplicavam isso tudo! E, o mais interessante, é que eu mesmo, não me encontrava em sã consciência. Seria eu ou não cometendo tais atos? Esta vontade, remanesce de mim? Ou é só mais um pequeno demônio brincalhão?
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2° parte: