Morte e Morrer
Os conteúdos que abordam a morte no currículo de enfermagem falam de questões éticas ou causa mortis da população, mas ao aprender a morte como um fenômeno ao qual será exposto diariamente e com o qual se deveria saber lidar, não há referências.
Alunos e professores demonstram não ter preparo para enfrentar a morte, e o que aprenderam; ainda insuficiente passa pela experiência de vida de cada um, pela convivência eventual com o morrer do outro. Este aprendizado é solitário e vem da necessidade individual daquele profissional que, no seu cotidiano de trabalho, convive com a morte à qual não se habitua, pois lidar com ela é doloroso, vem acompanhado de muito sofrer e mecaniza as ações.
O estudo da morte e morrer têm um ponto de partida: é o próprio corpo, pois “não é o corpo o centro absoluto de tudo, o sol em torno do qual gira o nosso mundo?” (Alves).
As atitudes que a pessoa assume a respeito da morte estão relacionadas não só com o tipo de educação e experiências que teve sobre a morte, mas também com o contexto sócio cultural onde vive e viveu.
Diante da soma desses fatores, vamos reunir nessa pesquisa conteúdos sobre o fenômeno “morte” para que desperte um senso crítico sobre a assistência de enfermagem ao cliente terminal.
Desenvolvimento
Segundo Matos (s.d.a) que no mundo ocidental a morte parece ser o maior tabu a ser enfrentado. O homem moderno do ocidente vê a morte como uma situação de separação, de desaparição de si mesmo; considera também a morte como um fracasso, perda de “status”, e que, portanto deverá evitar. Tais atitudes o levam a lutar obsessivamente para conservar seu corpo físico.
“Olhamos o mundo à nossa volta e nossos olhos selecionam certas informações que serão finalmente ‘arquivadas’ como um retrato parcial da realidade física. Nossos sentidos não estão capacitados para abarcarem em sua totalidade o processual e intercambial modo de existência entre o universo