A morte trabalho camila
Tendo consciência da sua própria morte, por ser finito, questiona-se então sobre o que poderá acontecer após a morte.
Não aceitando o fato do seu destino, no qual não viverá para sempre e que tudo vai virar uma nada, começamos a acreditar na imortalidade, na vida após a morte, ou, um plano espiritual em que nós supostamente iríamos ao morrer, e essa crença caracteriza a recusa da sua própria morte e o desejo insaciável pela eternidade.
O culto aos mortos, identificados em primórdios de nossas civilizações, estar relacionada ao aparecimento das primeiras angústias metafísicas, ou seja, a morte vem se mostrando desde o início uma barreira que não significa apenas o fim da vida, porém o começo de outra realidade que é obscura e assustadora e estimulante para o conhecimento.
Ter a certeza em que um dia iremos morrer, serve de estimulo na existência da imortalidade. O que fez tornar-se a fé religiosa uma cultura, que modera o temor diante de tal enigma que é a morte.
E daí veio os conceitos de como guiar-se pela vida, para garantir melhor destino à alma. O temor e a angústia pela morte, fez levar a humanidade à acreditar na imortalidade e aceitar o sobrenatural, o sagrado e o divino.
As mortes simbólicas:
O homem não tem consciência apenas da morte enquanto fim de sua vida. O conceito de finitude o acompanha em tudo que faz: é significativo o tempo devorando o que estão inseridos nele. A morte como o ápice do processo de vida, é antecedida por diversas formas de “morte” que permeiam o tempo todo a vida humana. O próprio nascimento é a primeira morte, no sentido de ser a primeira perda, a primeira separação. Separado do cordão umbilical o processo de enfrentamento do novo ambiente se inicia. A oposição entre o velho e o novo repete indefinidamente a primeira ruptura e explica a angústia do homem diante de seu próprio dilaceramento interno: ao mesmo