A morte do uno
A partir de 1° de janeiro, todos os automóveis e comerciais leves 0km deverão contar com freios ABS e airbags dianteiros. O velho Uno poderia sim receber airbags e até mesmo freios ABS, mas é fato que um carro baseado num projeto de três décadas não ficaria . E esses equipamentos não faria do projeto do Uno, de três décadas atrás, mais seguro. Melhor colocar um ponto final.
Mas, tudo bem. O Uno tem seus méritos. Apesar da idade, do acabamento simples, ainda é muito procurado por quem precisa de um carro barato. Aliás, foi o Uno Mille o primeiro 1.0 vendido no Brasil, em 1990, inaugurando assim o segmento dos carros “populares”. Um popular com suspensão traseira independente, quem diria… Tudo bem que é com braços oscilantes, mas é algo que muitos carros médios estão abandonando num dos carros mais baratos do País.
A suspensão traseira do Uno foi uma adaptação feita para o Brasil. A versão italiana, lançada em 1983 para substituir o 127 não resistiria ao uso intenso no Braisil. Trocar toda a suspensão traseira fez o espaço para o estepe sob o porta-malas ser comprometido. A solução foi abrir espaço sob o capô, na frente do motorista, como era no 147. Tal peculiaridade perdura até hoje.
Ícone em versatilidade
O histórico também prova que o velho Uno é versátil como poucos carros foram. Teve motores pequenos, como o primeiro 1.0 com 48 cv, até um lendário 1.4 turbo com 116 cavalos, versões pé-de-boi, aventureira e umas até com certos mimos. Isso sem contar com sua prole, o sedã Premio, a perua Elba e ainda a Fiorino, em versões picape e furgão. Tudo