Heidegger
2. Heidegger afasta-se da ontologia antiga (por considerar que a partir de Platão, o Ser foi esquecido, virando-se as atenções para o Ente) e até mesmo da fenomenologia transcendental do seu mestre Husserl e direcciona o seu pensamento para a questão do SER, do Ente no Ser e do Dasein Ser-aí, na sua própria ôntico-ontologica (ôntico: estuda o Ente); (ontológico: estuda o Ser), apoiado pela sua fenomenologia existencial e na hermenêutica do Ser. Se a ontologia estuda o Ser e a fenomenologia estuda a compreensão e existência do homem no mundo, o único Ser que se pergunta, estas não podem ser consideradas ciências distintas da filosofia, pois para M. Heidegger o objectivo da filosofia é o estudo do SER. da existência humana, a presença no mundo, o Ser-aí, cuja sua finitude é certa e que faz a humanidade tomar consciência de si como mortal, temporal, o Ser que caminha para a morte. Quando a consciência angustiante da morte é revelada, no Ser, cabe ao homem cuidar da sua própria existência. Nesta existência autêntica, porque é consciente, reside a própria existência. “O método adoptado por Heidegger foi a fenomenologia. Inserida numa ontologia de finitude, na qual o Homem se revela e se oculta, no seu próprio SER, fazendo vir de si próprio, aquilo que se manifesta.” (Oliveira, Beneval de (2006)“A Questão do Método na Filosofia Heideggeriana Segundo Ernildo Stein”)