MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. In: Joaquim M. de Macedo- obra completa Tanto a Moreninha como os outros romances de Joaquim M. de Macedo tem as características do romance folhetim que marcou definitivamente a historia do romance brasileiro em seus primórdios, usando uma linguagem acessível, sua prosa assemelha-se a fala diário estando seu romance muito próximo da narrativa oral. Além disso, procurava observar o mundo a sua volta e retratava-o com certa simplicidade. Este é um romance que gira em torno de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de Janeiro do fim da primeira metade do século XIX. Um deles, Augusto é tido pelos amigos como namorador incorrigível. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Felipe, o convida juntamente com mais dois companheiros, Fabricio e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha na casa de sua avó D. Ana de 60 anos, ali também estarão duas primas e a irmã de Felipe, Carolina, mais conhecida como “Moreninha”. Por causa da fama de namorador do colega, Felipe propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com alguma, mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever o romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já está pronto. Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título: "A Moreninha". O clímax do romance ocorre quando D.Carolina revela a Augusto, ao deixar cair um breve contendo um camafeu, que é a mulher a quem ele tinha prometido se casar na sua infância, no final do Capítulo XXXIII: E como todo bom romance romântico, o desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já estão de casamento marcado e Augusto perde a aposta que