resenha crítica A moreninha

O romance “A moreninha”, considerado como o primeiro romance brasileiro, que tem sua publicação datada no ano de 1844, tem como autor Joaquim Manoel de Macedo (1820- 1882), na 30a edição, publicada pela editora Ática. O livro está divido em 21 capítulos e tem 146 páginas. O livro dá inicio com uma aposta feita por quatros amigos, um desafiou ao outro, expondo que se ele não se apaixonasse por uma das moças ali presentes, no prazo de um mês, seria obrigado a escrever um romance sobre sua história, e o personagem principal acaba se apaixonando pela irmã de seu melhor amigo, e descobre no final, que ela sempre foi seu amor da infância.
Esta obra é um típico romance, pois traz como características uma linguagem simples com tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério que sempre apresentam finais felizes, subjetivismo, idealização da sociedade, do amor e da mulher. Esta obra está inserida na prosa romântica que se se desenvolveu ao longo do século XVIII, tem como principais temas sociais e políticos, a liberdade e o tom retórico e exaltado, e os romances de folhetim. Na literatura brasileira, a prosa de ficção só tem inicio com o romantismo. Assim a Moreninha é considerada o primeiro romance não dessa escola literária, como também de nossa literatura. A moreninha está inserida nos romances urbanos, pois retratava os costumes da sociedade carioca, na qual muitas características da obra eram baseadas na vida das pessoas da sociedade. Um bom costumes dos cariocas era o sarau que era festas noturnas em casa particular, clube ou teatro. No século XIX, o sarau em casa de família era uma das principais formas de entretenimento social.
O romance é narrado por Augusto (personagem principal), mas em alguns momentos presenciamos uma narrativa em 3º pessoa, por um narrador onisciente, que está por dentro de tudo que se passa e sabe as características de todos os personagens e algumas vezes ele se adentra na narrativa tomando a fala, pois o livro é formado por diálogo