A MODERNIDADE
Fabiana Maiorino
TEXTO “ PÚBLICO, PRIVADO, DESPOTISMO” , Marilena Chaui
Nascida com a Ilustração, privilegiou o Universal, a racionalidade, foi positivista e tecnocêntrica. Acreditava no progresso linear da civilização, na continuidade temporal da história, em verdades absolutas, no planejamento racional e duradoura da ordem social e política, apostado na padronização dos conhecimentos e da produção econômica como sinais de universalidade.
Apostou na diferença entre SUJEITO E OBJETO –como garantia de um saber objetivo não permeado pelas paixões e pelos interesses subjetivos.
Influenciada pela ética cristã – onde a liberdade se reduz ao arbítrio, a escolha entre fins estabelecidos, segundo os critérios de Deus- interioriza a liberdade e a moraliza. Introduz o sentimento de CULPA, como o vício como constitutivo da vontade – a virtude é agir em conformidade com a vontade de Deus!
A Modernidade começa quando termina a idéia de mundo, como espaço finito, dotado de centro e de periferias, de lugares natureais, e da hierarquia natural dos seres, cedendo para as idéias de universo infinito, desprovido de centro , da idéia de indivíduo livre, átomo no interior da Natureza.
O mundo se desencanta, como escreveu WEBER, passa a ser governado por leis naturais e racionais e impessoais, que podem ser conhecidas por nossa razão e que permitirão aos homens o domínio técnico sobre a NATUREZA.
A realidade passar a existir sob o modo da representação – o saber se preocupa cada vez menos em dizer o que as coisas são e cada vez mais em conhecer como operam e funcionam.
Psicanálise e o Marxismo levantam profundas suspeitas quanto a racionalidade daquela razão que fundava a universalidade prática ou ética na modernidade.
O universo segue a ordem heliocêntrica, a lei da gravitação é universal! O indivíduo livre é membro de uma ordem social definida, agora por um centro organizador que procura evitar o choque com a hierarquia sociopolítica.
O centro organizador é