O livro “A Meta“, de Eliyahu Goldratt, é um clássico romance sobre a Teoria das Restrições, em que o gerente de uma fábrica, Alex Rogo, se vê numa situação em que sua fábrica corre o risco de ser fechada pela administração da empresa por não estar conseguindo atender às demandas do mercado. Com pedidos atrasados em meses e ritmo de trabalho nada sustentável para ele e seus funcionários, Rogo, com ajuda de um consultor Jonah, identifica melhorias que poderia implementar na fábrica para que o lead time (tempo entre o pedido feito por um cliente e a entrega do produto) caísse de alguns meses para poucas semanas, salvando a fábrica da falência e recebendo uma promoção que lhe permitiria aplicar seu método em todas as fábricas da divisão. Rogo percebe que, apesar de a fábrica não estar gerando dinheiro (devido a pedidos atrasados, clientes insatisfeitos, excesso de horas extras e diversos outros problemas), havia equipes na empresa que celebravam o sucesso por terem atingido suas metas locais (por exemplo, alta produtividade numa etapa do processo de fabricação do produto final). Rogo percebe que a alta produtividade de uma equipe (não gargalo) que gerava insumo para uma segunda equipe (gargalo) não era benéfica para a fábrica, pois gerava um inventário desnecessário (e caro), uma vez que o processo desta segunda equipe era mais lento e não dava conta de processar este insumo. Assim, a fábrica comprava matéria prima num ritmo alto para manter a produtividade da primeira equipe, e, no entanto, não conseguia entregar o produto final devido ao ritmo da segunda equipe. Assim, definem-se dois tipos de recursos: recursogargalo (aquele recurso cuja capacidade é igual ou menor do que a demanda colocada nele) e recurso-não-gargalo (qualquer outro recurso cuja capacidade é maior que a demanda colocada nele). A primeira mudança na gestão de Alex se dá ao perceber que todos na empresa devem estar focados no objetivo da empresa, que é gerar dinheiro, e que a otimização local de uma