A meta
Julio Cesar, Rozelane de Pinho, Ademar Balduíno, e Gisele dos Santos[1]
RESUMO
A pesquisa que fizemos, mapeia a vida profissional e pessoal dos trabalhadores do setor madeireiro na cidade de Sinop/MT, e seus impactos na sociedade. O estudo aconteceu na referida cidade, teve uma duração de pouco menos de um mês, contando com duas entrevistas a um trabalhador do ramo. Recebemos antes do trabalho de campo, instruções básicas, e direcionamentos sobre o que especificamente deveríamos pesquisar. Para essa pesquisa tivemos que fazer um trabalho antropológico delimitando-se do meio que vivemos e entrando em outro meio social, seguindo o pensamento do antropólogo Claude Lévi-Strauss que diz:
“O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador.” (1967).
Percebemos que o setor madeireiro, exige muito esforço de toda a família, mesmo que indiretamente, principalmente quando nos deparamos com a situação do nosso entrevistado, que reside em uma colônia, dentro do pátio da madeireira. Mesmo que os trabalhadores da madeira sejam limitados quase que exclusivamente ao seu ambiente de trabalho e moradia, é existente uma cultura social que os rodeiam. E isso não torna um empecilho para a criação da própria cultura, como afirma o próprio Franz Boas cita em seu livro com o tema Antropologia cultural:
“O meio ambiente exerce um efeito limitado sobre a cultura humana, mas não vejo fatos que possam sustentar a visão de que ele é o modelador primário da cultura” (2010).
Em Sinop, o ramo madeireiro foi o baluarte para o desenvolvimento da cidade, tendo em vista que a cidade foi construída no meio da floresta amazônica, e consequentemente, para a construção da mesma, aconteceu o desmatamento. A ilegalidade, ou não da extração,