A Mente De Dennett
Eduardo Benkendorf
A Mente Segundo Dennett, de João de Fernandes Teixeira
São Paulo: Perspectiva, 2008, 151 pp.
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Eis um ótimo livro para o leitor brasileiro que procura uma primeira aproximação à filosofia da mente de Daniel Dennett. Os temas abordados são a mente, a consciência e a psicologia, formando, juntamente com a conclusão, os quatro capítulos do livro. Nas primeiras páginas temos uma breve contextualização histórica, onde o autor procura reconstituir a trajetória traçada por Dennett até chegar à sua atual filosofia da mente, caracterizando-a na tradição naturalista, que teria sido influenciada principalmente por seu professor W. V. O. Quine, com o qual teve contato em Harvard. Pode-se conceber esta primeira parte do livro como um guia para os capítulos seguintes, sendo que aqui o leitor tem um primeiro contato com os principais temas a serem discutidos no decorrer dos capítulos.O primeiro capítulo do livro apresenta e discute o conceito de mente de Dennett. Para isso, Teixeira começa por expor as primeiras concepções da inteligência artificial (IA) acerca da mente, pois segundo o autor tiveram grande influência sobre o pensamento de Dennett. A IA teve início com um dos maiores matemáticos da história, o inglês Alan Turing, que na década de 1950 começou a refletir sobre a possibilidade de as máquinas pensarem — mais especificamente, os computadores digitais. Turing desenvolveu então o seu famoso Teste de Turing, o qual consiste, grosso modo, num jogo de imitação em que duas pessoas (um homem e uma mulher) e uma máquina trocam mensagens virtuais por meio de um computador. Os participantes devem ficar em salas separadas e um deles deve assumir o