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Afinal, a consciência - a existência de prazer e dor, amor e ira - é uma fonte bastante central do significado da vida. Sempre é possível que a consciência não seja extra, que ela verdadeiramente possua algum tipo de interferência no mundo físico, como influenciar o comportamento. Na verdade, como uma intuição de bom senso, isto chega a muitas pessoas como óbvio. Mas como uma doutrina filosófica ela é radical, pois pode parecer levar-nos de volta para Descartes, para a idéia de que a "coisa alma" ajuda a governar o mundo físico. E tanto para a filosofia quanto para ciência Descartes é morto ou, no mínimo, em vida suspensa. O problema do extra na consciência é o que Chalmers chama de um dos difíceis problemas da consciência. O que Dennett faz, diz Chalmers, é omitir as perguntas difíceis e focalizar as perguntas fáceis - e então intitular seu livro como Consciência Explicada. Há uma outra pergunta difícil que Chalmers enfatiza. Ela - e a alegada tendência de Dennett de evitar tais perguntas - é ilustrada por algo chamado pandemônio, um modelo de IA que Dennett favorece. De acordo com esse modelo (pandemônio), nosso cérebro subconscientemente gera teorias competitivas sobre o mundo, e somente a teoria vencedora se torna parte da consciência. Isto é uma "mosca próxima" ou um "distante avião" nos limites da nossa vista? E o "choro de um bebê" ou o "miado de um gato"? Quando percebemos essas imagens e sons, esses debates