Resenha: Como ler a filosofia da mente. TEIXEIRA, J. F.
1047 palavras
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Debruçar-se sobre o livro “Como ler a filosofia da mente” (PAULUS, 2008)¹ de João de Fernandes Teixeira² é se envolver numa leitura de fácil entendimento. Com uma apresentação dividida em oito importantes tópicos também presentes numa das áreas mais novas - historicamente falando – da filosofia, o leitor se convencerá de que ela ainda tem muito a crescer nos próximos séculos: a filosofia da mente. No livro, João de Fernandes abrange panoramicamente a questão mente-cerébro expondo dúvidas, questões, problemáticas e paradoxos, que são iniciados desde Descartes (1596-1650) com seu método chamado de 'cartesianismo’. Para se ter uma ideia do que a filosofia da mente trata, logo de início o caro leitor terá um encontro com um problema chamado de “o problema da vaca amarela”, do qual o sujeito pode imaginá-la, mas em última análise, ainda que por meio de exames como Neuroimagem e EEG, não se pode obter nada além de uma “(...) atividade elétrica (...)”, nem mesmo quanto ao tom de sua coloração. Ora, essa experiência pessoal e subjetiva, chamada pela filosofia da mente de qualia, pode ser tida como um estado cerebral ou mental? Sendo um estado cerebral, a mente (imaterial), pode influenciar a matéria (cérebro)? E mais, qualias de fato existem? Ao que parece, qualquer resposta a despeito dessas questões, serão juízos feitos intersubjetivamente. Questões como essas é que são o cerne de discussões entre duas das principais correntes de pensamento dentro da filosofia da mente, e são elas: Dualismo e Materialismo (monismo). Ambas empenhadas na busca de uma resposta plausível nessa problemática, mente-cérebro. Em suma, o dualismo é a “ideia” de que para além do cérebro, existe alguma coisa mental e emergente, que não pode ser medida fisicamente (qualia, consciência), que ainda não tem resposta definida do que seja e que ainda tem uma pergunta não respondida desde Descartes: como pode um fenômeno tido como imaterial interagir com estados cerebrais (físicos)? Para