A matemática na educação infantil e pedagogia freinet
A necessidade de aprofundamento da didática e conteúdos na Matemática surgiu pela dificuldade de encontrar materiais significativos que enriquecessem meu trabalho dentro da sala de aula. Em minha formação tive a oportunidade de refletir sobre como a criança aprende. Participei de estudos relacionados à construção do conhecimento na escrita e leitura, estudos estes de interesse atual na educação nacional que tratam de concepções de aprendizagem e do objeto do conhecimento, onde a criança é vista sujeito e, portanto participantes da cultura escrita. (Lerner, 2002) Em dez anos de magistério, sempre pesquisei ações que valorizassem a aprendizagem da criança de forma contextualizada, atualizando meus conhecimentos constantemente. Porém, em minha prática em sala de aula um conflito se instaurou entre essas concepções e as práticas ministradas por mim em matemática. Como coordenadora pedagógica, devo propor aos meus professores situações problemas onde eles possam verbalizar o que sabem e com isso orientar nossos estudos dentro dessa área. Com esse tipo de ação acredito que também os professores compreendem que a aprendizagem se dá por resoluções de problemas, levantamento de hipótese, socialização de estratégias e seleção de caminhos mais eficientes. Como sujeito da minha aprendizagem, busquei estudar como se dá a construção do conhecimento pelo aluno e as hipóteses que ele constrói nesse percurso sobre o sistema numérico e outros conceitos matemáticos (forma, espaço, grandezas), pois era claro que trabalhar com matemática é muito mais que nomear figuras. Para Kátia Smole: “Quando ela chega à escola, traz muitas noções de espaço, porque suas primeiras experiências no mundo são, em grande parte, de caráter espacial. Podemos dizer, sem correr riscos de cometer um exagero, que o desenvolvimento infantil é, em um determinado período da infância, essencialmente espacial. A criança primeiro se encontra com o