A MAQUINÁRIA
“Marx inicia sua explicação sobre o desenvolvimento da maquinaria utilizando um pensamento de John Stuart Mill, o qual fala que: “É de se duvidar que todas as invenções mecânicas até agora feitas aliviara o trabalho diário de algum ser humano”. Marx concorda com esse pensamento, porém quer dele um complemento. Marx diz que as invenções não aliviaram realmente a lida com o trabalho, de qualquer ser humano que não viva à custa do trabalho alheio, porque aqueles que vivem da apropriação do trabalho alheio, esses, sim, têm seu trabalho aliviado com as invenções mecânicas. Segundo Marx, a finalidade da invenção da maquinaria não foi essa, a de aliviar a lida do trabalhador, mas sim para baratear o custo das mercadorias, e encurtar jornada de trabalho, ou ela veio como meio para a produção do mais-valor.
Marx vem nos mostrar que a revolução do modo de produção através da maquinaria não surgiu como um fetiche, ou de uma maneira brusca. Esse modo de produção teve como ponto de partida a força do trabalho na manufatura para chegar à grande indústria. O meio de trabalho é transformado de ferramenta em máquina. Na manufatura, o processo de produção se dá na relação do homem com a ferramenta, enquanto na grande indústria, dá-se com o uso da máquina, a qual tem uma força motriz natural.
Marx esclarece também, em seu texto, a diferença entre a ferramenta e a máquina. Para o autor, a ferramenta é um instrumento de trabalho, do qual o homem seria a força motriz, enquanto a máquina é vista como um instrumento movimentado por força natural: força animal, hidráulica, dentre outras.
Segundo Marx, a máquina faz o trabalho artesanal, como exemplo, ele nos fala sobre uso do arado movido à força animal. M as, o início mesmo da Revolução Industrial do Século XVIII somente se deu a partir de 1735, com a invenção da máquina de fiar de John Wyatt. Máquina esta que era movida à força animal e não humana.
Toda maquinaria quando desenvolvida constitui-se de