maquinaria
Acadêmico: Ítalo Gabriel Domingos.
CAMPO MOURÃO
2013
Maquinaria e grande indústria
1. Desenvolvimento da maquinaria
John Stuart Mill, em seus Princípios da economia política, observa: “É questionável que todas as invenções mecânicas já feitas tenham servido para aliviar a faina diária de algum ser humano”.
Mas essa não é em absoluto a finalidade da maquinaria utilizada de modo capitalista. Como qualquer outro desenvolvimento da força produtiva do trabalho, ela deve baratear mercadorias e encurtar a parte da jornada de trabalho que o trabalhador necessita para si mesmo, a fim de prolongar a outra parte de sua jornada, que ele da gratuitamente para o capitalista. Ela é meio para a produção de mais-valor.
Na manufatura, o revolucionamento do modo de produção começa com a força de trabalho; na grande indústria, com o meio de trabalho. Devemos começar, portanto, examinando que modo o meio de trabalho é transformado de ferramenta em maquina, ou em que a maquina difere do instrumento artesanal.
Toda maquina desenvolvida consiste em três partes essencialmente distintas: a maquina motriz, o mecanismo de transmissão e a maquina-ferramenta ou maquina de trabalho. A maquina motriz atua como força motora do mecanismo inteiro. Ela gera sua própria força motora, como a maquina a vapor, a maquina calórica, a maquina eletromagnética, etc; ou recebe um impulso de uma força natural já existente e externa a ela, como a roda-d água o recebe da queda-d água, as pás de moinho, do vento etc. O mecanismo de transmissão composto de volantes, eixos, rodas dentadas, polias, hastes, cabos, correias, mancais e engrenagens dos mais variados tipos, regulam o movimento, modifica sua forma onde é necessário – por exemplo, de perpendicular em circular – e o distribui a maquina-ferramenta. Ambas