A língua como objeto da linguística

A LÍNGUA COMO OBJETO DA LINGUÍSTICA
No início do séc. XX, o teórico Ferdinand Saussure olhou a linguagem como ciência e a definiu como objeto de estudo.
As propostas de Saussure para a criação de um novo objeto teórico para a Linguística deu-se a partir da dicotomia em quatro partes iguais:
1. Sincronia / Diacronia
Do grego, Diacronia significa “através do tempo” e Sincronia significa “ao mesmo tempo”.
Sob o ponto de vista sincrônico, Saussure vê a língua como um sistema que se define pelos outros elementos que o acompanham e são estudados em suas relações ao mesmo tempo, uns com os outros e estabelecem princípios de regularidade sistemática, por exemplo, no caso dos verbos, pois possuem morfemas de modo, tempo, número e pessoa.
Diacronicamente os elementos são analisados a partir de suas mudanças a partir do tempo, reconstruindo assim seu percurso histórico. Os fatos diacrônicos são imperativos, pois se impõe à língua por ter um caráter sistemático.
2. Língua / Fala
Língua é o sistema linguístico inconsciente presente no cérebro de todos os indivíduos, universal e sistemática.
Fala é individual, assistemática e permite uma variabilidade como no caso dos sotaques e regionalismos.
Define-se sistema por um conjunto organizado de elementos em que um elemento se define pelos outros.
Os elementos são definidos como signos linguísticos, uma unidade mínima de significação da língua.
3. Significante/Significado
O signo linguístico está ligado a uma relação entre conceito e imagem acústica.
A imagem acústica é o significante, a parte formal da palavra, a pronúncia que forma uma substância sonora.
Significado é quando fazemos uma relação psíquica, uma imagem mental. Por exemplo, a palavra “árvore”: ouvir a palavra ou lê-la é parte do significante, mas ao imaginarmos a figura da árvore adquirida em uma experiência anterior, isso é significado, ou seja o conceito que compreendemos da palavra árvore.
4. Paradigma/Sintagma
Diz respeito à distribuição dos