A LUTA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A aplicação da luta na Educação Física Escolar é entendida como uma iniciação esportiva, como aulas alternativas ou, ainda, como desporto, visando à formação de equipes escolares. Quanto à forma, são desenvolvidas como formas adaptadas ou simplificadas das lutas conhecidas, como atividades recreativas ou como jogos de luta. Também são comuns abordagens sob os seus outros aspectos que não o de combate corporal: a Capoeira é trabalhada como dança, o “Tai Chi Chuan” é aplicado como ginástica, bem como outras modalidades.
As lutas na educação física escolar devem, também, pretender a formação integral da personalidade do aluno, proporcionando estímulo para o despertar conscientemente de sua realidade. Nessa concepção os movimentos técnicos são preteridos pelos desenvolvimentos cognitivos, psicomotores e afetivos. Nesse ponto todas as vivências na prática de lutas serão aproveitadas, mesmo a autopercepção das dificuldades na realização dos movimentos, as agressões, porventura, existentes, as vitórias ou as derrotas.
A própria Educação Física ainda está em busca de sua identidade. E as lutas, como ramo da Educação Física Escolar, estão em situação menos avançada. É fácil constatar a estagnação em que se encontra, verificando-se o reduzido número de obras literárias específicas a respeito.
A Educação Física, atualmente, tem como objeto de conhecimento as manifestações que compõem a cultura corporal de movimento, ou seja, trabalha com as formas de representação e compreensão do mundo expressas por meio do corpo.
Ao vivenciar as práticas corporais como fenômeno cultural, é possível contribuir para formar homens capazes de serem sujeitos na construção de uma sociedade, uma vez que a prática dos esportes, das lutas e das danças é, também, uma forma de se apropriar do mundo e não apenas fugir dele.
A escola sempre reflete os conflitos e contradições presentes na sociedade, o que permite que sejam compreendidos os interesses dominantes