A luta do portador de deficiência contra o descaso da sociedade
Deficiências são aquelas exteriorizações notáveis – aos olhos, aos ouvidos, ao tato, ao olfato, ao raciocínio – por seu afastamento do que se considera normal: algo que falta, algo que não foi bem feito, incompleto, algo que foi alterado em virtude de intervenção, violenta ou não. De algum tempo, a esta parte, vem a sociedade buscando medidas para assegurar aos portadores de deficiência igualdade de direitos no que se refere ao emprego, ao transporte, à educação, à inserção social. Dos próprios interessados partem manifestações em busca dessa igualdade e de repúdio à discriminação que sofrem no seio da própria família e da sociedade. Nada mais justo e oportuno. E quem são esses deficientes? Por todas as formas possíveis de verificação, está comprovado que se trata de espíritos com todas as qualidades e defeitos daqueles dos indivíduos ditos normais, capazes das mais altas expressões intelectuais, e, até mesmo, físicas. De alguma forma tiveram suas capacidades limitadas, impedindo-lhes a livre e total expressão, física ou mental. Do ponto de vista evolutivo-espiritual, os portadores de deficiência, por sua livre escolha ou imposição maior, estão se submetendo a um estágio de resgate de faltas acumuladas em seu passado. Conforme sua reação a esta limitação, serão beneficiados com a progressão ou o descenso correspondentes. É comovente ver como alguns vencem as dificuldades e acabam triunfando em campos os Igualdade nas Diferenças mais inesperados. Outros, entretanto, se abandonam ao infortúnio e fazem de suas deficiências o pretexto para apelarem à caridade familiar e pública para satisfação de seus interesses Consideração especial merecem aqueles atingidos por deficiências no campo mental, que exigem de seus familiares e atendentes esforço extraordinário para se manterem em condições mínimas de dignidade humana. Aqui o resgate vale não somente para o deficiente, como também, e de modo muito