A luta antimanicomial
18 de maio: Dia da Luta Antimanicomial
Trabalho feito por Alice Pontes, Danielle Gurgel da Fonseca,
Marília Zimerman, Merielli Campi Partelli e Nayara Oliveira como requisito para a disciplina de Direitos Humanos lecionada pela Prof.ª Maria Amélia Lobato Portugal
Vitória
2014
Longa trajetória, história recente: pequeno histórico da Luta Antimanicomial
1. Precedentes da Luta Antimanicomial:
A experiência de Franco Basaglia em Trieste, Itália:
Franco Basaglia foi um psiquiatra italiano que acreditava na constituição de uma nova forma de organização da atenção saúde mental, que ofereceria e produziria cuidados, ao mesmo tempo que produziria novas formas de sociabilidade e de subjetividade para aqueles que necessitam da assistência psiquiátrica. Como efeito das ações de Basaglia e do movimento da psiquiatria democrata, em 13 de maio de 1978, é instituída a Lei 180, que é incorporada à lei italiana da Reforma Sanitária, que não só proibia a recuperação dos velhos manicômios e a construção de novos, como também reorganizava os recursos para a rede de cuidados psiquiátricos, respondendo à demanda social e abolindo a ligação imediata entre doença mental e a noção de periculosidade.
Reforma Psiquiátrica:
No âmbito das políticas públicas, a Reforma da Assistência Psiquiátrica iniciou no Brasil na década de 70, com o intuito de promover a reorientação do assistencialismo em saúde mental. Para tal, tinha como objetivos, em linhas gerais, o questionamento e a elaboração de propostas de transformação do modelo asilar-manicomial e do modelo hospitalocêntrico violento (DEVERA & COSTA-ROSA, 2007), que seria substituído por um sistema baseado em dispositivos comunitários, abertos e regionalizados que pudessem responder às reais e diversificadas necessidades de tratamento e suporte de vida acarretadas pela doença mental grave. Segundo Lüchmann e Rodrigues (2007), a ruptura com