Enfermagem
Fonte: CBVE/AIDS/MS 2003
Um indivíduo, mesmo apresentando resultado positivo para a infecção pelo HIV pode não estar com a aids. A aids representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico já se encontra bastante comprometido. Nessa fase podem surgir doenças oportunistas1 incluindo neoplasias.
O indivíduo após se infectar com o HIV, passa por diferentes estágios clínicos da infecção até chegar ao estágio de aids. Pode apresentar sintomas leves durante um curto período, pode permanecer por um longo período assintomático ou apresentar sinais, sintomas ou doenças ainda não indicativos de aids. Dizemos, então, que o indivíduo é infectado pelo HIV, soropositivo para o HIV, HIV positivo ou portador do HIV.
É importante entender que, em qualquer estágio da infecção, o vírus encontra-se presente e em processo de multiplicação em determinadas células do ser humano, sendo possível a sua transmissão caso não sejam adotadas medidas adequadas de prevenção. Já no estágio assintomático, considerado como período de latência clínica, o HIV continua ativo e se replicando nos linfonodos.
Para melhor compreender esta e outras questões referentes à infecção pelo HIV, é preciso que o profissional de saúde conheça, antes de qualquer coisa, as características do HIV (agente etiológico) e o seu ciclo vital na célula humana.
Agente Etiológico
Vários estudos epidemiológicos e experimentais comprovam que o HIV é o causador da aids, um vírus pertencente à subfamília dos lentivírus dos retrovírus humanos. À microscopia eletrônica apresenta-se com um formato aproximadamente esférico, com um core (nucleocapsídeo) cilíndrico, formado por uma capa de proteínas (p24 e p17)2, envolvendo o material genético: uma fita dupla de ácido ribonucleico (ARN/RNA) que compõe o genoma viral3; e as enzimas associadas ao RNA, entre elas a transcriptase reversa, a integrase e a protease. Possui ainda um envelope lipoglicoproteico que envolve o