A Linguagem
Filosofia da linguagem é o ramo da filosofia que estuda a essência e natureza dos fenômenos linguísticos. Uma das principais características da filosofia da linguagem é a maior diferença entre o ser humano e os outros seres que existem no mundo. Ela trata, de um ponto de vista filosófico, da natureza do significado linguístico, da referência, do uso da linguagem, do aprendizado da linguagem, da criatividade dos falantes, da compreensão da linguagem, da interpretação, da tradução, de aspectos linguísticos do pensamento e da experiência. Trata também do estudo da sintaxe, da semântica, da pragmática e da referência.
Os filósofos da linguagem não se ocupam muito do que significam palavras ou frases individuais. Qualquer dicionário ou enciclopédia podem resolver o problema do significado das palavras. O mais interessante é o que significa para uma palavra ou frase significar alguma coisa. Por que as expressões têm os significados que têm? Como uma expressão pode ter o mesmo significado de outra? E, principalmente: qual o significado de "significado"?
Este trabalho constitui uma reflexão sobre diferentes estágios do desenvolvimento dos estudos da linguagem para uma melhor compreensão de concepções e teorias contemporâneas. Para a linguística, os estudos dos antigos, gregos e romanos, particularmente, não poderiam ser desvinculados dos trabalhos filosóficos, cujas discussões constituem a base para a compreensão do seu desenvolvimento.
Assim, é nos sofistas, com seus estudos sobre a existência de outros dialetos e a discussão da nomeação das coisas; em Platão, com suas considerações sobre logos, onoma e rhema; em Aristóteles, no tratamento dado ao estudo dos níveis de estudo da linguagem e na distinção entre palavras isoladas e em construções de sentenças e a concepção das partículas de ligação, syndesmos, e o estudo dos casos, ptosis, com base em princípios da lógica; e nos Estóicos, que contribuíram para um avanço nas distinções entre o estudo lógico