A lingua portuguesa
Explicar o porquê de tanta riqueza é tarefa árdua, mas não menos fascinante, pois são séculos de história, conquistas e mudanças.
Presente em quatro continentes – Europa, Ásia, África e América –, a língua por- tuguesa teve sua origem em uma região conhecida como Lácio, região central da Itália, onde se falava um idioma que não mais “vive”, mas que deixou belas heranças, entre elas, o português. Estamos falando do Latim, língua do Império Romano, que era divi- dida em duas categorias ou formas: o latim vulgar ( sermo vulgaris, rusticus, plebius
) e o latim clássico ( sermo litterarius, eruditus, urbanus
). O primeiro era falado apenas no dia a dia, geralmente pelos analfabetos, militares, escravos etc.; o segundo, falado e escrito por poetas, fi lósofos, grandes pensadores.
Ao término das guerras, os romanos impunham aos vencidos o latim vulgar, e, por causa de grandes variações, cada povo acrescentava-lhe, a partir dos seus dialetos locais, mais particularidades, daí o surgimento das diferenças entre as diversas línguas chamadas neolatinas ou românicas.
A Língua Portuguesa, em especial, teve seu desenvolvimento na costa oeste da península Ibérica, região em que hoje estão Portugal e Galícia. Com a invasão romana em
218 a.C até o século IX, falava-se o romance, que era uma variação do latim.
Quando os povos de origem germânica se instalaram na península Ibérica, por volta de 409 a 711 d.C., muitas foram as transformações e infl uências das línguas ger- mânicas, havendo uma ruptura na uniformidade linguística e a captação de vocábulos que hoje são usados na moderna língua portuguesa, como, por exemplo, roubar , guerrear e branco .
As infl uências não pararam por aí. Com a invasão moura, em 711 d.C., adotou-
-se o árabe como língua ofi cial, e as contribuições desse período foram palavras como arroz ,