Livro “A cor como informação – a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores” de Luciano Guimarães

Resenha
Capítulo Violeta: A cor para todos os olhares

Para Aristóteles, a cor origina do enfraquecimento da luz branca, então, a partir do estudo feito por Isaac Newton, sobre a refração da luz, ele realizou a decomposição da luz branca em sete cores primárias: vermelho, amarelo, azul, verde, alaranjado, violeta e anil. Newton defendeu a tese das propriedades da combinação de reflexão e absorção dos raios luminosos, e não a cor como propriedade dos corpos, como defendia Aristóteles.
Segundo Gérard Lebrun, a visão surgiu antes dos gregos, e poderia ser compreendida como visão perceptiva e visão emissiva. Lênin afirma que a cor é como sensação, como resultado da ação de um objeto físico.
Todos esses conceitos fazem da cor um tema de princípios de manifestações.
A cor é uma informação visual, percebida pelos olhos e decodificada pelo cérebro. O vermelho é a 7ª cor do arco-íris e é a que tem maior comprimento de onda definida (627 a 760 milimícrons).
Para Rudolf Arnheim, a cor é uma dimensão de discriminação. Kandinsky diz que a cor tem poder de expressão. E Goethe disse que era a capacidade de significar. São essas funções que se utilizam para se aplicar em um objeto, e hoje utilizamos a cor como informação.
A aplicação intencional da cor/objeto contém a informação cromática, denominada signo. E esta informação é chamada de latente.
Segundo Ivan Bystrina, podemos entender a cor como, a cor como informação atualizada do signo. Na semiose, os signos são complexos significativos e organizados por sistemas de regras. Desse modo, a cor é um dos elementos da sintaxe da linguagem visual. A cor é como um texto, para se estudar o papel de informação cultural. Quando dizemos “há um cravo vermelho no jardim”, o vermelho e o cravo são informações visuais e não signos. O que falta é a intenção, para ela se tornar signo.

Capítulo Azul: A cor profunda

A informação cromática não constitui um signo, porém, para que se torne signo, deverá ser recebida pela visão e