Intertextualidade e Persuasão no Filme Frida1

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – Mossoró - RN – 12 a 14/06/2013

Intertextualidade e Persuasão no Filme Frida1
Raquel Assunção Oliveira2
Lilian Carla Muneiro3
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo
O filme estadunidense Frida (2002), dirigido por Julie Taymor e baseado na biografia escrita por Hayden Herrera, narra a história da pintora mexicana Frida Kahlo, retratando sua vida emocional e artística, indissociáveis. Este artigo tem como objetivo analisar a película a partir de seus elementos comunicativos, que estão imersos no modo de fazer cinema como parte da Indústria Cultural vigente. Analisamos aspectos relativos à figuratividade presente na película e sua narratividade, em especial a Intertextualidade, responsável por conferir veracidade à produção fílmica. Para esta comunicação, são levados em conta elementos como as animações presentes, a trilha sonora e a fotografia, nos valendo das contribuições de Brait, Barros e Fiorin. Já para as questões relacionadas à Intertextualidade, Coelho e Bolaño.
Palavras-chave
Frida Kahlo; Cinema; Indústria Cultural; Persuasão; Intertextualidade.

1. Frida: A Artista e o Filme

Não há como falar do filme, os elementos de persuasão e sua intertextualidade sem falarmos um pouco acerca da vida de Frida Kahlo, posto que sua obra artística é seu reflexo. Seus quadros traduziam sua percepção de mundo, desejos e aspirações.
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, mais conhecida como Frida Kahlo, teve uma vida trágica. Para citar alguns de seus infortúnios: aos seis anos de idade, foi diagnosticada com poliomielite e, aos dezoito, sofreu um grave acidente: o ônibus no qual estava colidiu com um bonde, deixando-a imobilizada por três meses. Com isso, sua coluna foi rompida em três lugares e sua clavícula mais duas costelas foram fraturadas, além de ter tido onze fraturas na perna