A Lingua Portuguesa e o Direito
“Através da Língua Portuguesa são exercitados a maiorias dos atos jurídicos.”, diz Patrícia Ribeiro, promotora de Justiça.
A entrevista foi feita com a operadora do direito Patrícia Ribeiro de Almeida, promotora de Justiça, acerca da importância da língua portuguesa e da linguagem quando relacionadas com o Direito.
Na entrevista há a presença de um dialogo formal que se aproxima muito da escrita, mas como através desse meio a comunicação é oral, é preciso muitas vezes sacrificar a sintaxe em prol da interação, por isso a fala vem carregada de marcas de oralidade, estas geradas pelo nervosismo, pelo pensamento no momento e por ser algo espontâneo e não planejado.
A principal marca que pôde ser percebida é a utilização da expressão “ééé..” durante toda a entrevista, muitas vezes no início de uma frase ou na conexão entre duas ideias, ela denota os momentos em que a entrevistada estava pensando, organizando suas ideias mentalmente para depois falar.
Além do “ééé..” , ela também fez o uso de outros vícios da linguagem, como: pausas na hora de falar, começou a resposta com a expressão “bom”, na primeira pergunta ela repetiu os termos eles, na segunda pergunta houve uma extensão da palavra uma e na terceira pergunta ela pronunciou com certa hesitação os termos “favorece sim”, ficando com a voz um pouco trêmula.
No entanto, na entrevista podemos ver esclarecimentos e exemplificações do que foi dito e o seu reforço, que não são vistos como "defeitos" propriamente ditos por terem função de melhorar a interação. Outra característica da mesma é a coprodução do diálogo já que a fala está "em se fazendo", se construindo no momento pelo entrevistador e o entrevistado. Uma observação é que nesta coprodução a entrevistada discorre muito mais sobre o tema.
Dentre todas essas características, fica claro que diferentemente da escrita, em que podemos pensar, escrever e corrigir os erros, a comunicação falada se torna seu próprio