A lingua de eulalia

Livro: “A língua de Eulália”

Marcos Bagno

O livro composto por vinte e um capítulos, totalizando 242 páginas, apresenta uma narrativa que conta sobre Emília, Vera e Sílvia que são universitárias e professoras de uma escola pública e vão passar as férias no interior de São Paulo, na casa de Irene, tia de Vera, que é uma linguista. Vera estuda Letras, mesma área de atuação de sua tia Irene, que a hospedou e as suas amigas. Emília, que está no primeiro ano do curso de Pedagogia, irônica e irreverente, sempre vê o lado engraçado das coisas e a estudante de Psicologia a mais tranquila do trio, Silvia. Logo nos primeiros contatos com Eulália empregada e amiga de Irene, as jovens notam uma forma diferente em seu modo de origem de falar. A princípio consideram sua fala errada, sentem vontade de rir, até a tia intervir mostrando ás hóspedes, citando uma série de explicações, que o modo de falar de Eulália na verdade se trata de uma variedade linguística com características próprias, origem e que também sofre alterações ao longo do tempo. A forma de falar de Eulália deu origem ao livro “A língua de Eulália”, uma vez que Irene não aceitava enquanto professora de língua Portuguesa, ter uma funcionária que não soubesse ler e escrever, então iniciou sua pesquisa através da alfabetização de Eulália, percebendo que mesmo sendo alfabetizada no português padrão, ela continuava utilizando a forma não padrão no seu dia a dia. Essa forma de falar considerada errada inicialmente por Vera, Emília e Silvia, levanta uma questão muito importante e corriqueira no dia a dia de todos nós, o erro, pertencente ao processo de aprendizado. Quando o autor Marcos Bagno descreve o erro com algo multável, ele nos diz que o certo hoje pode ter sido considerado errado antigamente e o erro hoje pode ter sido um acerto, inclusive em um dos trechos do livro diz: “não devemos acusar ninguém de estar falando errado quando simplesmente está falando antigo”. Em seu livro o