A liberdade deturpada
Na atualidade cogita-se a hipótese de uma alusão à liberdade, de uma ideia ilusória do que se constitui o conceito de liberdade num cenário mundial, dado através de culturas majoritariamente direitistas (neoliberais, por exemplo) – salvo algumas, tal qual a China – e cujos líderes de suas nações e líderes de nacionais e multinacionais trabalham com a limitação do ser enquanto ser – alienação massiva – para permanecerem no poder.
A liberdade, que consiste no direito de ir e vir, é uma cultura salvaguardada hoje em dia em todas as nações, porém em algumas de forma não-efetiva, de maneira que cerceie a sociedade e a faça acreditar numa suposição de “liberdade”, dando a “chance”, a possibilidade fictícia, de agir e pensar da maneira com que quiser fazê-lo.
Em 1932 Aldous Huxley publica sua obra-prima, um livro cujo tema é totalmente futurístico para a época e condizente com a atualidade. Huxley argumenta em “Admirável Mundo Novo” sobre uma sociedade regida por castas e biologicamente pré-condicionadas, sendo que a população não tem qualquer controle que seja sobre o seu ser, não tem o conhecimento da sua alienação, e quando este surgia, era dissipado com o consumo da “soma”, droga fictícia da obra. Hoje vê-se algo parecido, e uma intolerância política geral assustadora, como já dizia Bertolt Brecht: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”
O conceito de “democracia” vem sendo ferido há tempos, principalmente por potências