O Fil Sofo Iluminista Franc S Rousseau Diz Que S Poss Vel Ao Homem Ter Um Certo Grau De Liberdade Se Ele Abrir M O Da Mesma Visando O Bem Comum

O filósofo iluminista francês Rousseau diz que só é possível ao homem ter um certo grau de liberdade se ele abrir mão da mesma visando o bem comum. O coletivo é mais importante, na visão rousseauniana, do que o individual. O tema é atual porque a visão deturpada que se tem hoje de liberdade leva em conta somente o individual; uma explicação para essa tendência é que nossa própria época é marcada pelo individualismo.
Rousseau não foi o único iluminista a se preocupar com a liberdade e de como esta se articula com a ética e o bem comum. Immanuel Kant (1724-1804) fez reflexões muito mais profundas sobre o assunto, tendo esse relevância central no conjunto de sua teoria. A reflexão kantiana sobre a liberdade abre espaço para a necessidade de parâmetros objetivos na condução da ação ética. A visão de Kant, muito marcada por um verdadeiro rigorismo (não à toa à ética kantiana é atribuído o epíteto "rigorismo kantiano"), pode não trazer nada aparentemente relacionado realmente à liberdade, uma vez que a definição no senso comum desta é fazer o que se quer, quando se quer, sem pensar em nenhum tipo de consequência. Porém, Kant nos coloca diante de uma visão muito mais dura da liberdade, e não será estranho que muitos ao se depararem com sua visão possam querer descarta-la ou não leva-la em consideração. Mas sua opinião nos ajuda a dialogar com nosso mundo sem parâmetros e sem base alguma, que cada vez mais vê a ética e o respeito ao próximo dissolverem-se em nome do individualismo.
Kant busca deixar parâmetros que partam de cada um, da vontade de cada um, para que o bem comum possa ocorrer, nascendo assim o chamado imperativo categórico, conceito tão importante na ética do filósofo. É marca de sua filosofia buscar parâmetros que possam auxiliar o ser humano nos julgamentos, fazendo com que a razão seja o ponto de julgamento do que é certo e do que é errado. Assim, subjetividade e objetividade se fundem na ética kantiana para criar parâmetros que guiem o comportamento