A INVENÇÃO DO CONHECIMENTO: UMA ANÁLISE NIETZSCHEANA
Por: Beatriz Silva de Almeida
O homem que vê mal vê sempre menos do que aquilo que há para ver; o homem que ouve mal ouve sempre algo mais do que aquilo que há para ouvir.
(Friedrich Nietzsche)
RESUMO
Este ensaio examina a questão do conhecimento na perspectiva de Nietzsche, que assume uma postura que afirma que o mesmo é mera obra criada pelo homem. Iremos observar o desenvolvimento da análise realizada por este autor e as implicações teóricas que sua afirmação nos traz. Não deixaremos de falar, por fim, das críticas que ele confere ao modo como a filosofia trabalha a questão do conhecimento, que é justamente o que, em sua visão, a levou ao fracasso.
Em Nietzsche, ao contrário do que aparece na filosofia de modo geral, há uma valorização da imaginação e da criatividade em detrimento do pensamento racional. Na sua interpretação, o conhecimento é fruto de uma construção humana, mas o homem esquecendo-se disso acaba o transformando em objeto de investigação.
Nietzsche nos leva a uma reflexão sobre o conhecimento como tendo sua formação na criatividade e não na razão – o que faz com que o homem, os conceitos e o conhecimento tenham uma nova perspectiva dentro da investigação filosófica.
SUMÁRIO
Introdução 7
1. A invenção do conhecimento: uma análise nietzscheana 9
2. A genealogia: o método nietzscheano 13
3. As implicações teóricas da crítica nietzscheana 17
Considerações Finais 20
Referências Bibliográficas 21
INTRODUÇÃO
Nesta pesquisa iremos analisar o modo como Nietzsche trabalha a questão do conhecimento, como este se originou, no que consiste e o modo como a filosofia em geral lida com esta questão. Na perspectiva de Nietzsche o conhecimento não passa de uma criação humana, mas a mesma humanidade que o cria esquece-se disso e atribui um falso valor a tal obra, passando a tê-la como inesgotável objeto de