resumo
BLADE RUNNER: O ELOGIO
DO SIMULACRO
Marília Mattos*
Resumo: O artigo aborda o filme Blade Runner (1982), de Ridley Scott, e sua relação com o romance Frankenstein (1818), de Mary Shelley. A análise é fundamentada na noção de além-humano, defendida pelo filósofo Friedrich Nietzsche; em conceitos referentes à epistemologia da Inteligência
Artificial, elaborados pelo cientista Antônio Carlos Costa; bem como em idéias de Jean-François
Lyotard acerca da Pós-modernidade.
Palavras-chaves: Blade Runner; Frankenstein; Friedrich Nietzsche; Pós-modernidade; Inteligência
Artificial; Ficção Científica.
Abstract: The text focuses on Blade Runner (1982), directed by Ridley Scott, and its relationship with the novel Frankenstein (Mary Shelley, 1818). Its analysis is based on Friedrich Nietzsche's super-man; concepts about Artificial Intelligence, by Antônio Carlos Costa; and the ideas of JeanFrançois Lyotard about the postmodern age.
Keywords: Blade Runner; Frankenstein; Friedrich Nietzsche; Postmodernity; Artificial Intelligence;
Science Fiction.
* Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística da Universidade
Federal da Bahia, com pesquisa denominada "Humanóides pós-naturais: versões do mito Frankenstein na literatura e mass media".
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Revista do Centro de Artes, Humanidades e Letras vol. 3 (2) 2009
Marília Mattos
Este texto aborda o filme Blade Runner (1982), de Ridley Scott. Seu objetivo é investigar a relação dos andróides com o mito Frankenstein. Cabe ressaltar que a principal característica comum a estas narrativas é o fato de porem em crise, como o fez a criatura frankensteiniana, os mais elementares traços identitários do que até então definíamos como “sujeito”, tais como as fronteiras entre humano/ inumano e natural/artificial. Além desses aspectos, o fato da biotecnologia artificializar, por meio da ciência, a relação entre criadores (os cientistas e os “pais” clonados) e suas