A Invencível Armada

A Invencível Armada Carlos Henrique Malta

Em 1578, ocorria no norte da África um confronto, e foi para lá que o jovem rei de Portugal D. Sebastião foi. Mas acabou morrendo na batalha de Alcácer-Quibir, levando o país a uma grande crise de sucessão ao trono, já que o rei não deixou nenhum herdeiro. Segundo as leis da época, que visavam preservar o sangue real na administração do reino, o parente mais próximo deveria ser o sucessor, se caso vários herdeiros possuíssem o mesmo grau de parentesco, a prioridade seria dada ao homem mais velho. O sucessor de D. Sebastião foi seu tio-avô o cardeal D.Henrique, que já estava bastante velho e não ficaria por muito tempo no trono, convocando posteriormente as cortes de lisboa, para decidir a sucessão. Três nomes eram os favoritos: Catarina, a duquesa de Bragança; Felipe II de Espanha; D. Antonio Prior de Crato. Os membros do clero e da nobreza decidiram nomear Felipe de Espanha, rei da Espanha para ser o rei de Portugal, concretizando a chamada União Ibérica no ano de 1580.
Oito anos após a formação da União Ibérica, Felipe II vai entrar em um confronto com a Inglaterra, e com sua Invencível Armada, decide derrubar a Inglaterra da rainha Elizabeth I. Felipe II tinha algumas motivações, como por exemplo; A questão dos Países Baixos, já que nesses períodos os países baixos (Holanda, Bélgica, Luxemburgo) eram controlados pela Espanha, tendo grande importância comercial e estratégica para o império espanhol. Entretanto, a coroa espanhola precisava lutar constantemente para conter as rebeliões dos exércitos holandeses (Principalmente em Flandres), que recebiam auxílio da coroa inglesa e queriam a sua independência; A questão religiosa, pois o protestantismo estava em grande expansão na Europa, sendo representado por calvinistas das províncias do norte que sempre recebiam ajuda da coroa inglesa (Elizabeth I era protestante), especialmente nas operações navais. A