A Intui O Lenta
Phoenix memo – 11 de setembro
Em 10 de julho de 2001, Ken Williams, um agente de campo do FBI do Arizona, enviou uma “comunicação eletrônica”aos seus superiores em Washington e Nova York, usando o sistema Automated Case Support, o antiquado repositório eletrônico por meio do qual a agencia compartilhava informações sobre investigações em curso. O documento de seis paginas começava com esta fase profética: “o objetivo desta comunicação é informar a agencia de Nova York sobre a possibilidade de um esforço coordenado da parte de Usama Bin Laden para enviar estudantes aos Estados Unidos para frequentar universidades e faculdades de aviação civil”. Era o hoje lendário “Phoenix memo”
As autoridades do serviço secreto e da policia desqualificaram a advertência de Williams, dizendo que não passara de um palpite.
Podemos aprender muito sobre a história de inovação examinando grandes ideias que mudaram o mundo. Por isso é igualmente útil examinar as faíscas que fracassaram. O memorando Phoenix foi exatamente um desses casos, ele continha grande sabedoria. Mas essa informação acabou se provando inútil. Por quê? A resposta é simples é que ninguém implementou as recomendações de Williams, em parte porque o próprio memorando não havia conseguindo convencer os analistas de médio escalão de sua importância, em parte porque uma falha na comunicação dentro do FBI impediu que ele chegasse às autoridades máximas da Divisão de Contraterrorismo e da RFU.
A intuição de Williams de que uma conspiração envolvendo múltiplos fundamentalistas islâmicos radicais poderia ser interceptada mediante o controle de pedidos de visto e registros de matriculas em escolas de pilotagem; e a intuição dos agentes de campo de Mineapolis de que Moussaoui queria jogar um avião contra o World Trade Center ( essa ultima nasceu, é claro, de uma outra intuição: a dos instrutores de voo da escola de Pan Am de que Zacarias Moussaoui não estava sendo sincero com relação a seu interesse em um