A intertextualidade nos textos teatrais de ariano suassuna
Herlan José Tenório Ferreira (UPE)
RESUMO: Este artigo tem como objetos de estudo três obras de Ariano Suassuna: Auto da Compadecida (1955), O Santo e a Porca (1957) e O Casamento Suspeitoso (1957); com os objetivos de analisar a característica geral, as temáticas, nas obras desenvolvidas, e as personagens e a partir do desenvolvimento destes objetivos chegamos a conclusão de que não iremos ver exatamente as palavras, proferidas pelas personagens, se repetindo de uma obra para outra, vai mais além de dizer que há um diálogo entre as temáticas de cada obra, chamo tanta atenção, pois o que vamos encontrar serão atitudes e comportamentos semelhantes entre João Grilo, Cancão e Caroba. A intertextualidade nesses textos teatrais de Ariano Suassuna acontece de forma única, onde a relação intertextual acontece entre as personagens que são classificadas como: Condutor da ação. Como suporte teórico, tivemos uma bibliografia entre linguistas, literários, críticos, leitores, o próprio autor, enfim.
Palavras-chave: Suassuna, Intertextualidade, Personagem, Teatro, Compadecida.
Introdução
Ariano Suassuna nasceu em 1927 em família tradicional, sertaneja e protestante. Iniciou os estudos ainda na Paraíba, mas depois do assassinato do pai, que na época era Governador da Paraíba mudou-se com a família para o Recife onde fez ginasial, colegial e a faculdade de Direito. Em 1951 converteu-se ao catolicismo.
Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça, Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, Entre 1951 e 1952, volta à Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. O aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da