Ariano Suassuna
Escrita para um concurso promovido pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, em 1947, a peça marca a estreia de Suassuna _ além de ter conquistado o primeiro lugar no prêmio. Segundo o próprio escritor, essa foi sua primeira tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino. O amor proibido entre dois jovens sertanejos envolve elementos trágicos, como honra familiar e incesto, mas também faz uso do humor, apontando o teor cômico que seguiria presente em outros trabalhos do autor.
Auto da Compadecida
Encenada pela primeira vez em 1955, um ano depois de escrita, a peça projetou Suassuna como dramaturgo. Ainda nos anos 1960, o crítico teatral Sábato Magaldi considerou este como "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". A peça parte da estrutura de um auto, gênero que alia elementos cômicos e intenção moralizadora, para trabalhar de modo original e cômico elementos da literatura de cordel, da linguagem oral e da tradição religiosa nordestinas. A saga de João Grilo e Chicó chegou ao cinema em 1969, com direção do húngaro George Jonas, e inspirou o filme Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987). Já em 1999, Guel Arraes adaptou a trama para a televisão, em uma minissérie da Rede Globo, que depois foi exibida nos cinemas.
O Santo e a Porca
Recriação da peça Aulularia, comédia clássica do autor latino Plauto que também serviu de inspiração para O Avarento, de Molière, no século 17. Ambientada no Nordeste, trata da história de Euricão Árabe, um idoso avarento que guarda todas suas economias em uma porca de madeira, sempre desconfiado de que esta pode ser roubada. A peça foi adaptada para a televisão na série Brava Gente, exibia pela Rede Globo em 2000.
A Pena e a Lei
Em mais uma mistura de tragédia e comédia, a peça escrita em 1959 busca inspiração nos mamulengos, tradicional teatro de bonecos nordestino. A encenação começa com os atores imitando bonecos, um deles elaborando um plano para