A integração da agricultura portuguesa e os resultados
A agricultura portuguesa encontrava-se económica e tecnicamente estagnada, quando se iniciou, em 1977, o processo de adesão(adesão à CEE , em 1986):
- Contribuía com 17% para a formação do PIB e 30% para o emprego;
- A produtividade e o rendimento eram muito inferiores aos dos restantes países-membros;
-O investimento era muito reduzido e as técnicas pouco evoluídas;
- As infraestruturas agrícolas eram insuficientes e as características das estruturas fundiárias dificultavam o desenvolvimento do setor
- Havia pouca experiência em matéria de concorrência nos mercados interno e externo. Estas fragilidades da agricultura portuguesa foram reconhecidas no Programa de Pré-adesão e no Tratado de Adesão, o que permitiu uma integração em duas etapas:
1º fase – decorreu até 1999. Até esse ano, Portugal não esteve sujeito às regras de preços e mercados da PAC, para facilitar a adaptação, não podendo, por um lado, beneficiar de financiamentos do FEOGA - Garantia (financia as despesas de regulação dos preços e dos mercados - apoio direto aos agricultores, despesas de armazenamento, restituições às exportações, etc.), a fim de facilitar a adaptação), mas lucrando, por outro lado, por não ser obrigado a respeitar as baixas de preços consecutivas que se verificaram na restante comunidade. Porém, beneficiou de incentivos financeiros do PEDAP- Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa – cujo principal objetivo era corrigir as deficiências estruturais (promover uma modernização acelerada nos primeiros anos, para mais facilmente enfrentar a abertura ao mercado europeu, prevista na segunda fase) da agricultura portuguesa e melhorar as condições de produção e comercialização dos produtos. O PEDAP foi cofinanciado pelo FEOGA secção Orientação (financia os programas e projetos destinados a melhorar as estruturas agrícolas - construção de infraestruturas agrícolas, redimensionamento das explorações,