A inglaterra anglo-saxónica
O estabelecimento, a partir de 449 destes povos na Inglaterra marcou, sem dúvida, uma ruptura cultural com a presença romana, em particular na área da língua e da religião. Na área da língua, os anglo-saxões obliteraram o celta e o latim, ao desenvolverem uma série de dialectos que influenciaram a criação de um idioma comum e do qual deriva o Inglês actual. A conservação desta língua caminhou paralelamente com a toponímia. Os nomes foram praticamente renovados, com excepção de alguns rios e de acidentes geográficos mais genéricos. No entanto, o latim manteve-se como língua de comunicação escrita e oral nas situações relacionadas com o Estado, as leis e a Igreja.
A Inglaterra neste período anglo-saxão, era uma sociedade fortemente hierarquizada, onde predominava o valor da lealdade, e consequentemente, a recompensa desta, entre senhores e companheiros (comites ou gesithas). Como os conflitos violentos eram habituais, existia uma regulamentação da relação vingança/honra, ou seja, havia um conjunto de direitos, deveres e compensações (wergild) – que se diferenciavam consoante o estatuto social - para os familiares das vítimas e agressores.
As diferenças sociais, que já antecipavam a futura organização social da Idade