Utopia de uma sociedade feliz
1677 palavras
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Thomas More, intelectual representante e seguidor das ideologias humanistas surgidas no período Renascentista, tal como Erasmo, Pico de Mirândola, escreveu a Utopia. Utopia foi usada pela primeira vez na sua obra De optimo reipublicae statu deque nova insula Utopia, a palavra foi construída do grego ou, “não ou “nenhum”, e topos, “lugar”, significando, portanto “lugar nenhum ou imaginário”. Esta obra, publicada em 1516, representou a primeira crítica, fundamentada, em termos sociais, políticos e religiosos à sociedade europeia da sua época, em particular à sociedade inglesa, que More via como desordenada, desigual e injusta, dominada pela dinastia Tudor. Paralelamente, a obra representou uma proposta de mudança no sentido de aproximar Inglaterra da sociedade ideal que se assemelha à sociedade apresentada por Platão em A República. Para isso, Thomas More desenha-nos uma ilha imaginária onde se desenvolve uma sociedade humana onde todos vivem em harmonia e plena liberdade religiosa, onde os bens seriam de todos, a começar pela própria terra. Trabalham em favor do bem comum e a competição entre os homens foi substituída pela amizade, o valor máximo a ser cultivado por cada um. Utopia é uma sociedade de solidariedade e não de confrontação.
Para se compreender a crítica de Thomas More à sociedade inglesa neste período, há que compreender o quadro político económico e social em que insere a Inglaterra, tal como as outras nações europeias, vive um período em que o desenvolvimento do Capitalismo terá de ultrapassar e sobrepor-se ao ainda vigente Feudalismo
Os séculos XVI e XVII foram épocas de crise e instabilidade geral, Essa situação atingiu, em maior ou menor grau, todos os países da Europa. Politicamente, caracterizou-se pelo poder real sem limites ou o chamado Absolutismo monárquico ou o poder do príncipe” Um rei, uma lei, uma fé”, eram assim as palavras de ordem na sociedade. O poder régio era exercido sem limites, controlando a economia e o comércio. Ao não