A infância e a educação escolar indigena
Adriana da Penha Liebmann Silva[1]
Arlete Silva Gonçalves Seixas[2]
Camille Santos do Nascimento[3]
Helayne Nunes Peruchi[4]
Luciana Ferreira[5]
Luciana Vieira[6]
Resumo
Temos como objetivo evidenciar o processo da infância e educação escolar indígena. Utilizamos como estratégia teórico-metodológica a análise de artigos, cadernos, leis, revistas, textos e vídeos, os quais nos auxiliaram na produção desse artigo científico. Identificamos um significativo avanço no que tange a valorização da cultura referente ao processo de escolarização indígena, em contraponto com os fatos analisados historicamente que convergiram na exclusão sócio-cultural desses povos.
Palavras-chave: Infância Indígena. Educação Escolar Indígena. Cultura.
1. Introdução
O artigo em questão objetiva evidenciar os conceitos e peculiaridades da infância e educação escolar indígena na história do Brasil, bem como o caminho percorrido pelos povos indígenas para a aquisição de uma educação como direito, que preserve suas raízes e não sufoque sua cultura e valores, que não seja parametrizada à hegemonia branca a qual encobriu por quase quinhentos anos a história e o patrimônio cultural indígena.
2. Infância indígena
“Apesar das mudanças históricas no enfoque conceitual dos estudos sobre a infância, uma crítica que ainda é feita sobre alguns antropólogos (SILVA, MACEDO E NUNES, 2002) é a de que o que se sabe sobre a criança é ainda o que os adultos (pensam que) sabem sobre ela. No caso em questão, pouco sabemos também como o adulto guarani vê ou entende a criança e seu mundo... E pouco perguntamos: O que a criança tem a dizer sobre si mesma? Como elas entendem o mundo e seu lugar nele?” (VASCONCELLOS, 2007, p.57 e 58)
As infâncias indígena e não indígena possuem diferenças marcantes que vão desde o perfil da criança até o meio em que vivem. A primeira é marcada por características como companheirismo,