A infância inventada
24/04/2015
A infância inventada
O documentário “A invenção da infância” traz duas perspectivas de grupos de crianças. Uma em que elas podem usufruir do sentido mais romântico da palavra infância. Para estas é oferecida uma fase de preparação para a fase adulta. O seu foco é o estudo, a qualificação considerada adequada para um futuro “digno”. Às vezes a visão de mundo dessas crianças parece utópica e cômica, suas preocupações demasiadamente limitadas assustam.
No outro grupo a definição de infância já não se aplica em todos os momentos, raramente aparece. Poucas vezes é possível ter infância ou até mesmo ser “criança”. Ser criança possui dois sentidos um com o sentido de poder brincar, não possuir certas preocupações, não trabalhar, etc. Outro com forma de separação de grupos por uma idade especificam. Essas crianças(idade) precisam trabalhar a fim de ajudar suas famílias, que quase não possuem condições de manter o numero excessivo de membros. Trabalham em pedreiras por grande parte do dia, com salários que beiram a escravidão. Os estudos para esses jovens se tornam um objetivo secundário, quase nulo. Resumindo, a essas crianças não há fase de transição. Adquirem funções consideradas adultas, no momento em que a infância é possivel.
Projetando esses jovens para um futuro próximo, podemos considerar que a maioria continuará um ciclo. Os que possuíam condições de viver a infância permitiram o mesmo aos seus filhos. Ao mesmo tempo em que os que já trabalhavam deixaram tal herança aos seus. Salvo raras exceções que não vem ao caso. O problema é ter dois modos de criar as crianças de um mesmo país. Quando digo criar me refiro a seus direitos e deveres. Umas devem trabalhar excessivamente para obter o mínimo enquanto outras se preocupam com os acontecimentos da novela e chegam cansadas do seu jogo de tênis. As que são mais afortunadas podem errar testar limites, que sempre serão amparadas. As outras não têm tal direito.
A infância e como