O homem e a cultura
LICIA MARA PINHEIRO RODRIGUES DELAMO (UFMS), SONIA DA CUNHA URT (UFMS).
Resumo Este estudo foi baseado na análise da obra “Memórias inventadas: a segunda infância”, de Manoel de Barros, e buscou revelar a constituição do sujeito que se manifesta na apropriação da cultura por meio do processo educativo. Para isso, elegeu–se como aporte teórico central a perspectiva histórico–cultural de Lev Semenovich Vigotski e um de seus colaboradores, Leontiev. Tal perspectiva se ancora na idéia de que o indivíduo se desenvolve a partir das relações sociais, na troca com outros sujeitos e consigo próprio. Além desse aporte teórico, buscou–se uma interlocução com outros autores como Gonzáles Rey (2003), que trata da questão da subjetividade do sujeito, e de Alves (2003), que aborda a questão da singularidade e universalidade do homem regional. Evidenciou–se assim que a literatura expressa na referida obra de Manoel de Barros configura–se como uma viabilidade de desvelar um homem regional que também é universal e o conhecimento de uma concepção de sujeito concreto, social, histórico e cultural que se constitui pela apropriação da cultura por meio dos processos educativos formais e não–formais. Dessa forma, imprime–se a possibilidade de a literatura regional se aproximar do processo de ensino–aprendizagem, contextualizando a elaboração de projetos de leitura que visem ao uso da obra nas escolas. Palavras-chave: Cultura, Educaçao, Manoel de Barros.
INTRODUÇÃO No presente estudo busca-se, por meio da análise da obra “Memórias inventadas: a segunda infância”, de Manoel de Barros revelar a constituição do sujeito que se manifesta a apropriação da cultura por meio do processo educativo. Para isso, elegeu-se como teórico central a perspectiva histórico-cultural de Vigotski que aponta que o indivíduo se desenvolve a partir das relações sociais, na troca com outros sujeitos e consigo próprio