A informalidade no mercado de trabalho e o impacto das instituições: uma análise sob a ótica da teoria dos jogos*
Fernando B. MeneguinI; Maurício S. BugarinII
IDoutor em Economia. Consultor Legislativo do Senado Federal. Endereço para contato: Senado Federal/Consultoria Legislativa - Anexo II - Bl. B - 2º andar. CEP 70165-900 - Brasília, DF. E-mail: meneguin@senado.gov.br
IIPh.D. em Economia. Professor Titular do Ibmec São Paulo. Endereço para contato: Ibmec São Paulo, Rua Quatá 300, Vila Olímpia. CEP 04546-042 - São Paulo, SP. E-mail:bugarin@isp.edu.br
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RESUMO
Este artigo analisa a informalidade no mercado de trabalho, com um jogo dinâmico infinito entre empregador e empregados, no qual a Justiça Trabalhista é representada parametricamente. Duas classes de equilíbrios de Nash perfeitos em subjogos são encontradas. Na primeira classe, a relação informal prevalece durante um determinado tempo, com posterior formalização do trabalhador, sendo que, quanto mais efetiva for a Justiça, mais rapidamente serão registrados os empregados. Na segunda classe, a informalidade se pereniza, associada a uma alta rotatividade no mercado de trabalho. Novamente, quanto mais efetivo o Judiciário, menor a probabilidade de esse último equilíbrio existir.
Palavras-chave: teoria dos jogos, mercado de trabalho, instituições.
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ABSTRACT
This article presents a game theoretic analysis of informality in the labor market based on an infinite dynamic game between employers and workers in which the Judiciary system enters parametrically. We find two classes of subgame-perfect Nash equilibria. In the first class, the worker first gets an informal contract but he eventually becomes a formal worker. We show that the more effective the Judiciary system, the faster the labor relationship is formalized. In the second class informal labor is maintained, coupled with high work turnover. Again, the more