A influência dos países estrangeiros no brasil
e) Nada de passar seis anos num curso para conseguir se comunicar em outra língua. As escolas de idiomas têm deixado de lado o formato tradicional para investir em aulas práticas de curta duração.
As propostas são tentadoras: em cursos de algumas horas até um ano, aprende-se a mandar e-mails profissionais, dar palestras e fazer negócios. O mundo corporativo é o principal cliente desse tipo de didática, mas a chegada da Copa no Brasil, em 2014, e da Olimpíada no Rio, em 2016, esquenta ainda mais o setor. |
Escolas já oferecem cursos voltados para o atendimento de turistas e para demandas específicas, como aulas de inglês para os árbitros da Federação Paulista de Futebol.
"Com os eventos esportivos que se aproxima, a demanda cresceu", diz Luis Simões, gerente da Berlitz, que oferece, entre outros cursos, aulas de inglês para a Polícia Militar.
Para se comunicar com estrangeiros em curto prazo, vale um fim de semana com o professor, aulas pela internet e até apostila com caneta que ensina a pronúncia correta.
"Essa oferta cresce porque, em muitos casos, as aulas normais têm conteúdos que não interessam no dia a dia", afirma Angela Corte, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
Mas não é possível fazer milagre: como o conteúdo é restrito, o aluno que não tem conhecimento prévio da língua será capaz de transitar somente na área que estudou.
"Por isso, a escola tem de especificar qual é a habilidade que o aluno vai poder desempenhar no fim do curso. No inglês para recepcionista, por exemplo, ela terá de conseguir atender bem por telefone. Objetivo generalista, como 'ser capaz de falar com estrangeiro', é impossível no curto prazo", alerta Corte.
(http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1045252-escolas-de-idiomas-adaptam-cursos-visando-eventos-esportivos.shtml)
Naiana Oscar, de O Estado de S. Paulo.
SÃO PAULO - Até 2014, milhares de brasileiros, entre motoristas, recepcionistas e comerciantes, terão de ser capazes de