O brasil aos olhos do mundo
Alguns estereótipos resistiram bravamente ao tempo, mas o mundo já começa a ver o Brasil com outros olhos: ele está mais rico, mais influente e muito mais famoso. Continua simpático também. Aliás, simpaticíssimo, como mostram os resultados da pesquisa internacional CNT/Sensus , encomendada por VEJA. O trabalho contou com a participação de treze empresas de pesquisa internacionais. Lideradas pelo instituto, elas entrevistaram 7200 pessoas em dezoito países. Além do Brasil, os escolhidos foram: Argentina. Chile. Colômbia, México, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra. Alemanha, Rússia. China, Japão, Índia. Líbano e África do Sul. Com exceção da Índia (leia na pág. 75), todos veem o Brasil sob a mais favorável das luzes. Sobre os seus habitantes, a avaliação dominante é que são alegres, festeiros. Populares, agradáveis como turistas e queridos como vizinhos. Bons de bola, também, claro - na verdade, os melhores de todos os tempos no futebol (aqui, a afirmação teve uma única discordância: da Alemanha). Enfim, se o Brasil fosse um colega de trabalho, seria daqueles que rodos querem chamar para tomar cerveja. E até, quem sabe, para falar de coisas mais sérias.
Metade do mundo já sabe que o Brasil é uma economia relevante e com viés de alta. E quase 60% acreditam que ele nunca foi tão influente na política nem tão ouvido nas mesas de negociação internacionais - ainda que, nesses campos, tenha colecionado bem menos vitórias do que derrotas, sem falar em um ou outro vexame (alô, Irã!). Boas impressões, no entanto, mesmo que não estejam lastreadas na realidade, são um ativo importante para qualquer país. Elas o tornam mais atraente, inclusive do ponto de vista econômico. "A boa imagem abre portas", afirma o sociólogo Demétrio Magnoli. O filósofo Denis Rosenfield